quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ressonancia de Schumann

Você acha que sabe de muita coisa? pobre projeto de ser humano somos nós.


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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Eliminação

Meu Deus! tento reconhecer o quanto sou egoísta e se por muito sacrifício e trabalho mental eu viesse a vestir a camisa do "100% humilde" e andasse pelas ruas, da minha pessoa o que restaria?
talvez restasse apenas o instinto pois a eliminação do ego sem o propósito me tornaria animalesco, irracional.

Meu Deus! não poderia vestir a camisa do "100% Branco"  na genealogia dos povos isto não passaria de uma simples e improvável afirmação da qual nada me agrearia.

Meu Deus! não poderia vestir a camisa do "100% Negro" por qual motivo excluiria um pouco de qualquer outra cor, será que já não sou um pouco de tudo?

Meu Deus! as camisas que confeccionamos seja "de 100% do que for" branco, negro, mulher, homem, cachorro, gato, drogado, cristão, ocultista, Gay e muitas outras designações tem mais nos servindo para o interesse próprio e não menos para  nossos próprios egos, mas se eu lançar fora meu ego não me tornaria apenas instintivo? ,guia-me senhor para que eu não caia no vazio do ser.

Meu Deus! ensina-me, guia-me e me converta para que eu seja digno da camisa "da Caridade", que a caridade possa me ter como instrumento e nesta camisa não há número pois para caridade não lhe cabe número algum ou não haveria sua essência, para esta camisa podemos usar uma palavra que sem a qual não há caridade a palavra Amor.


Renato Victor Chaves


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Nicola Tesla

Nicola Tesla "o injuriado pela inveja e incompreensão não menos que um Mártir" 


....é tempo de despertar...

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sábado, 19 de agosto de 2017

Alcatifas

Alcatifas



Em seu apartamento vazio e desgastado onde o morfo imperava nas paredes, folhas ao chão onde se tinham versos ecoando nos vagos e solitários cômodos, o poeta acordou, dormia em seu colchão no chão onde cada noite travava uma guerra com os ácaros que mais pareciam reivindicar o corpo do estafermo. Levantou-se tomou o café frio do dia anterior, dirigiu-se a janela e ao abri-la foi embotado, estupefato, anestesiado pela brisa que entrara mas que fazia um som nunca ocorrido antes, tal poeta que se dava mais conta em seu mundo de sentimentos e tinteiro, não há de se negar, intuitivamente olhava em direção a um poste que estava a uns sete metros da sua lacuna de realidade, repentinamente surge em um passo um pé em uma sandália baixa quase coberto pelo tecido longo colorido, naquele dado momento o miserável se deu conta que talvez fosse um podólatra em seguida surge o outro pé no segundo passo, ele pensara que respiração fosse uma função involuntária segundo à medicina, por quê parou então de respirar?. Dos mais belos equinos que se possa apreciar ela cavalgava ao vento e toda a natureza à assistia até mesmo a natureza degradante do pobre poeta, um passo após o outro a bela cavalgada se afastava e de forma recalcitrante o poeta se inclinava para fora de sua fugaz janela que ficava a dez metros do chão quase fazendo-o despencar, na infeliz tentativa de prolongar o êxtase o qual passara. Caso viesse a cair e morrer diriam que foi suicídio alegando-se o aspecto do excêntrico amigo, mas querido leitor revelar-se-ia para nós um induicídio visto que ele estava num tipo de estado hipnótico. Findou-se a apneia. Lembrou-se o caro poeta que precisava de um lençol que lhe servisse de armadura na luta contra o exército de ácaros das baixas planícies do velho colchão de espuma. Saindo de seu apartamento dirigiu-se a uma loja indiana da qual setenta metros antes de chegar na mesma, sentia-se o cheiro dos incensos queimando, ao passar por perto o aroma sempre o deixava inspirado, mas desta vez ele precisou entrar na loja a fim de resolver aquela velha batalha. Nosso amigo entra na loja indiana que mais parecia um templo e indaga em pensamento, que lugar suntuoso, até não ver quem iria atende-lo, surge a funcionária para atender nosso simpático parceiro, ela sai por detrás de uma bela cortina com estampa de mandalas, primeiro um pé e o mesmo longo tecido colorido já para nosso ilustre a apneia, batimento cardíaco de britadeira, virilhas congeladas, glote e epiglote dessincronizadas já não era mais uma cavalgada e sim em sua frente uma galáxia um buraco negro ou uma supernova, ou o próprio sol pensou ele, tentando lhe desintegrar, vou morrer pensou, claro não conseguia falar, então a bela atendente perguntou o que ele desejava, fico até envergonhado de relatar isso caro leitor, nosso inspirador soldado só conseguia apontar para um lençol e balbuciar algumas palavras; - Cobrir, as corceiras, colchão e repetia as mesmas palavras dando um verdadeiro espetáculo de linguagem não verbal, mimica ou algo parecido, tentando decifrar o que ele tentava explicar nossa inefável estrela lhe sugeriu uma alcatifa por ser mais espessa o que certamente o protegeria de algo que o incomodava em sua hora de dormir, ...há meus Deuses da antiga Arcádia aquela Alcatifa..., o poeta de imediato e incomodado com sua tenaz timidez perguntou quanto custava aquela Alcatifa e antes que nossa Deusa falasse o preço ele já estava a abrir seu livro onde guardava o seu dinheiro para tal destino, nossa rutilante musa falou o preço e no momento que ele retira o dinheiro, algumas cédulas, sem que ele se desse conta pois não teria tal habilidade e intenção, junto com as cédulas também foi uma pequenina folha do tipo lembrete a vendedora também não percebeu e assim tratou de colocar o dinheiro no caixa e entregar a valiosa Alcatifa ao poeta e ele a beira de um colapso a passos largos e rápidos tratou logo de sair da loja, arrancando um sútil, leve e suave como cheiro de acácias secas, um sorriso da intocável, pelo seu jeito de se despedir, a bela jovem ao fim do expediente como de rotina no momento de fechar o caixa percebeu o bilhete sem intenção e o leu, havia duas palavras, ela ao terminar de ler desbravou uma longo sorrio e encostou o bilhete em seu colo.

O poeta já em seu castelo de letras visualizava e revivia aqueles momentos já era noite e deu muitas gargalhadas de si próprio e depois de muitas gargalhadas decidia que pela manhã iria comprar alguns incensos na promissora loja indiana. Naquela noite dormiu como uma gata egípcia de pernas pro ar sobre a Alcatifa que exalava um mágico aroma de incensos, até sonhou que voava sobre a Alcatifa pelo o universo desconhecido. O dia amanheceu e o poeta acordou com um semblante espirituoso e um brilho diferente no seu olhar ligou seu notebook entrou no Youtube selecionou uma lista que nem conhecia de música meditativa da cantora Deva Premal:- quantas músicas maravilhosas- ele se propôs até a preparar um café novo e um sanduíche de vegetais. Arrumou-se e saiu com destino a loja indiana chegando à loja dirigiu-se ao balcão dos incensos e a nossa adorável expressão da beleza feminina perguntou se ele tinha alguma preferência por algum tipo de essência, algum aroma e nosso amigo de forma destemida afirmou que sim afirmou que adorava o aroma de mel indiano:-sabe lá de onde ele tirava essa ideia-, como se não fosse pouco o prazer de voar em seu sonho a nossa amiga fala ao poeta que tem esse incenso e que é o preferido dela com o mesmo lindo sorriso agora largo como as montanhas do himalaia cobertas de gelo, o poeta fala então com grande vigor que vai levar sete caixas e antes que retirasse o seu dinheiro do velho livro de poesia ela lhe devolveu o bilhete com um olhar polido cheio de paixão e afirmou: - guardei com carinho e agora te devolvo amável poeta gostaria que não fossem as últimas palavras que eu viesse a ler de você, pensei na Alcatifa e na posição em que ficaria deitada vendo a fumaça do incenso subir pelo ar enquanto você declamava alguns versos e o aroma do mel adoçando nosso ambiente. O poeta agora se tornou rei pois se tratava agora do maravilhoso mundo da poesia e respondeu para a sua admirável musa inspiradora: - aprecio tua beleza e tua paz seria um sacrilégio aos versos não te proporcionar este momento. E assim leram transcendentais poemas de amor juntos embebidos de mel em forma de ar numa Alcatifa que voava pelo universo;- caro leitor neste momento te revelo as duas palavras que abriram os céus para os dois “ Sensibilidade e Amar”.



Renato Victor Chaves


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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Salomão filho de Gabirol

Página do Kether-Malkuth.

"Sois um, o começo de todos os números, o fundamento de todos os edifícios;

sois um e, no segredo de vossa unidade, os homens mais sábios perdem-se porque não a conhecem.

Sois um, e vossa unidade nunca diminui, nem aumenta, nem sofre nenhuma alteração.

Sois um, mas não como o um em matéria de cálculo, pois vossa unidade não admite nem multiplicação, nem mudança, nem fórmula.

Sois um, para quem nenhuma de minhas fantasias pode fixar definição: eis por que vigiarei minha conduta, evitando cometer faltas com a língua.

Sois um enfim, cuja excelência é tão elevada que não pode cair de maneira alguma, e não como em um que pode deixar de ser."


"Sois existente; entretanto, o entendimento e a vista dos mortais não podem atingir vossa existência nem colocar em vós o onde, o como e o porquê.

Sois existente, mas em vós mesmo, uma vez que outro não pode existir convosco.

Sois existente desde antes do tempo e em lugar algum.

Sois enfim existente e vossa existência é tão oculta e tão profunda que ninguém pode descobri-Ia ou penetrar seu segredo."


"Sois vivo, mas não desde um tempo conhecido e fixo;

sois vivo, mas não por um espírito e uma alma; pois sois a alma de todas as almas.

Sois vivo, mas não como as vidas dos mortais, que são comparadas a um sopro, e cujo fim será o alimento dos vermes.


Sois vivo, e aquele que puder atingir vossos mistérios desfrutará as delícias eternas e viverá para sempre."

"Sois grande, e perto de vossa grandeza todas estas grandezas se curvam, e tudo o que há de mais excelente torna-se defeituoso.

Sois grande, acima de qualquer imaginação, e elevai-vos acima de todas as hierarquias
celestes.

Sois grande, acima de toda grandeza, e sois exaltado acima de qualquer louvor.

Sois forte, e nenhuma de vossas criaturas fará as obras que fazeis e nem sua força poderá ser comparada à vossa.

Sois forte, e é a vós que pertence essa força invencível que não muda nem se altera nunca.

Sois forte, e por vossa magnanimidade perdoais no momento de vossa mais ardente cólera, e mostrai-vos paciente para com os pecadores.

Sois forte, e vossas misericórdias que sempre existiram estendem-se para todas as vossas criaturas.

Sois a luz eterna que as almas puras verão e que a nuvem dos pecados ocultará aos olhos dos pecadores.

Sois a luz que é oculta neste mundo e visível no outro, onde a glória do Senhor se mostra.

Sois soberano, e os olhos do entendimento que desejam vervos estão inteiramente espantados por só poderem atingir de vós uma parte e nunca o todo.

Sois o Deus dos deuses, testemunham-no todas vossas criaturas; e em honra desse
grande nome todas devem render-vos culto.

Sois Deus, e todas as criaturas são vossas servidoras e vossas
adoradoras; vossa glória não é embaçada mesmo que outros sejam adorados, porque a intenção deles é a de se dirigir a vós; são como cegos, cujo objetivo é seguir o grande caminho, e perdem-se. Um afoga-se num poço e o outro cai numa fossa; todos, em geral, acreditam ter alcançado seus desejos e, no entanto, cansaram-se em vão. Mas vossos servidores são como clarividentes que andam num caminho seguro, e que dele nunca se afastam, nem à direita, nem à esquerda, até que entrem no adro do palácio do rei.

Sois Deus que sustentais por vossa deidade todos os seres e que socorreis por vossa unidade todas as criaturas.

Sois Deus, e não há diferença entre vossa deidade, vossa unidade, vossa eternidade e vossa existência; pois tudo é um mesmo mistério; e, embora os nomes variem, tudo retorna ao mesmo.

Sois sábio, e essa ciência, que é a fonte da vida, emana de vós mesmo; e em comparação com vossa ciência os homens mais sábios são estúpidos.

Sois sábio e o antigo dos antigos, e a ciência sempre alimentou-se convosco.

Sois sábio, e não aprendesses a ciência com ninguém, e tampouco a adquirisses de outro senão de vós.

Sois sábio e, como um operário e um arquiteto, reservasses de vossa ciência uma divina vontade, num tempo marcado para atrair o ser do nada; do mesmo modo que a luz que sai dos olhos é atraída de seu próprio centro sem nenhum instrumento ou ferramenta. Essa divina vontade cavou, traçou, purificou e fundiu; ordenou ao nada abrir-se, ao ser aprofundar-se e ao mundo estender-se. Mediu os céus com o palmo, com seu poder reuniu o pavilhão das esferas, com o laço de seu poder cerrou as cortinas das criaturas do universo e, tocando com sua força a ponta da cortina da criação, uniu a parte superior à inferior."

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domingo, 13 de agosto de 2017

Alessandro Cagliostro

"Não venho de nenhum lugar, e não pertenço a tempo algum. Fora do tempo, meu ser espiritual vive sua existência eterna"


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